Um executivo em visita a uma cidade turística saiu do hotel em que estava hospedado certa manhã para caminhar.Quando chegou a beira da praia, deparou com uma visão atordoante: inúmeras estrelas-do-mar haviam sido lançadas na praia durante a noite pela maré alta. Ainda estavam vivas e se moviam,subindo umas em cima das outras, na tentativa de voltar para o oceano. Aquele homem tinha a consciência de que não demoraria muito até que o sol cozinhasse aquelas pobres criaturas.Ele queria fazer alguma coisa, mas havia milhares delas, e qualquer tentativa de salvá-las seria inútil.
Assim seguiu em frente. Caminhando um pouco mais pela praia, viu um menino que se abaixou, pegou uma estrala-do-mar e lançou-a de volta ao oceano. O menino repetiu o processo várias vezes, aumentando cada vez mais a velocidade na tentativa de salvar o máximo possível delas.
percebendo a intenção do menino, o executivo sentiu-se na obrigação de ajudá-lo e também ensinar-lhe uma dura lição de vida.foi até o pequeno e disse: O que você está fazendo aqui é nobre , mas não é possível salvar todas essas estrelas- do- mar. Existem milhares delas. Está começando a ficar muito quente, e todas elas vão morrer. É melhor você seguir seu caminho e brincar. Não dá para fazer nenhuma diferença aqui.
O menino não disse nada num primeiro momento; ficou simplesmente olhando para o executivo. Então , abaixou-se , pegou outra estrela-do-mar, jogou-a no oceano o mais longe que pôde e disse:
_ Bom, eu fiz toda a diferença para essa aqui.
Talvez o melhor resumo dessa idéia tenha sido apresentado por Helen Keller:
" Sou apenas uma, mas ainda sou uma. Não posso fazer tudo, mas ainda sim posso fazer alguma coisa; e não é porque não possa fazer tudo que vou me recusar a fazer algo a meu alcance".
Texto extraído do livro "Um mês para viver"